USO DE DIFERENTES DOSES DE ESTERCO OVINO NA PRODUÇÃO DE ALFACE CRESPA EM LUCAS DO RIO VERDE-MT

Raphael Henrique Lima de Andrade; Helder Lucas do Nascimento Silva; Humbelina Silva Siqueira Lopes; Flávio Guiselli Lopes; Rogério Paulo Tovo

Raphael Henrique Lima de Andrade
Helder Lucas do Nascimento Silva
Humbelina Silva Siqueira Lopes
Flávio Guiselli Lopes
Rogério Paulo Tovo

Palavras-chave: Lactuca sativa var. crispa; Adubação orgânica; Biomassa; Esterco de ovino; Resíduo sólido.

Resumo

A alface é uma verdura folhosa que se destaca na mesa dos brasileiros, sendo uma das mais produzidas e consumidas no país. Diante de sua expressividade, a cadeia produtiva encontra-se em constante expansão. Na agricultura familiar, geralmente produtora de hortifruticulturas como a alface, um dos maiores gargalos produtivos é justamente a questão de insumos para a nutrição vegetal tanto pelo alto custo e também pela dependência de insumos químicos oriundos de importação. Assim, opções alternativas de fertilizantes orgânicos como os estercos animais para a produção vegetal devem ser analisadas. Neste sentido, o objetivo desta pesquisa foi avaliar o efeito da aplicação de doses crescentes de esterco ovino na produção de alface crespa cultivada em sistema convencional, em Lucas do Rio Verde (MT). A parte construtiva do experimento foi conduzido na Área Experimental do Centro Universitário UniLaSalle Lucas do Rio Verde-MT, enquanto a parte destrutiva foi realizada no Laboratório Multidisciplinar da mesma instituição. O Experimento foi realizado entre abril e maio de 2024. O delineamento empregado foi inteiramente casualizado (DIC), foi definido o delineamento com 4 tratamentos e 5 repetições. Os tratamentos foram compostos pela aplicação de 0,00; 2,00; 4,00; 6,00 kg.m-1, sendo equivalente à dose de 0,00; 20,00; 40,00; 60,00 t.ha-1, de esterco de ovino. Foram analisados quatro parâmetros produtivos: altura de plantas, peso de massa fresca, peso de massa seca e número de folhas. Onde os resultados obtidos nos permitem afirmar que a utilização de esterco ovino para a produção de alface crespa com ganho exponencial de acordo com as doses utilizadas.

Referências

ALVES, F. S. F. et al. O esterco caprino e ovino como fonte de renda. O Berro, v. 77, p. 94-96, 2005.
BACHA, C. J. C. Economia e Política Agrícola no Brasil. São Paulo: Atlas, 2004.
BARBOSA, J. C.; MALDONADO JUNIOR, W. AgroEstat - sistema para análises estatísticas de ensaios agronômicos. Jaboticabal: FCAV/UNESP, 2015. 396 p.
BONELA, G. D.; SANTOS, W. P.; ALVES SOBRINHO, E. A.; GOMES, E. J. C. Produtividade e qualidade de raízes de rabanete cultivadas sob diferentes fontes residuais de matéria orgânica. Revista Brasileira de Agropecuária Sustentável, v. 07, p. 66-74, 2017.
BRITO, O. R.; VENDRAME, P. R. S.; BRITO, R. M. Alterações das propriedades químicas de um Latossolo Vermelho distroférrico submetido a tratamentos com resíduos orgânicos. Semina: Ciências Agrárias, v. 26, p. 33-40, 2005.
BULLUCK, L. R.; BROSIUS, M. G.; EVANYLO, K.; RISTAINO, J. B. Organic and synthetic fertility amendments influence soil microbial, physical and chemical properties on organic and conventional farms. Applied Soil Ecology, v. 19, n. 2, p. 147-160, 2002.
CALBO, A. G. Alface (Lactuca sativa). In: LUENGO, R. F. A.; CALBO, A. G. (Ed.). Armazenamento de hortaliças. Brasília, DF: Embrapa Hortaliças, 2001. p. 117-121.
CASTRO, A. G. de. Análise da Competitividade de Cadeias Produtivas. Palestra apresentada no Workshop Cadeias Produtivas e Extensão Rural na Amazônia. Manaus, 2000.
CEPEA. PIB do agronegócio brasileiro. Disponível em: https://www.cepea.esalq.usp.br/br/pib-do-agronegocio-brasileiro.aspx. Acesso em: 23 abr. 2024.
CORRÊA, J. C.; MIELE, M. A. A cama de aves e os aspectos agronômicos, ambientais e econômicos. Brasil: Embrapa, 2010. 28 p.
FAQUIN, V. Nutrição Mineral de Plantas. 1. ed. Lavras: ESAL-FAEPE, 1994. 227 p.
FILGUEIRA, F. A. R. Novo manual de agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV, 2003.
HENZ, G. P.; SUINAGA, F. A. Tipos de alface cultivados no Brasil. Brasília-DF: Embrapa Hortaliças, 2009. 7 p.
IBGE. O que é o PIB. 2023. Disponível em: https://ibge.gov.br/explica/pib.php. Acesso em: 7 maio 2023.
KATAYAMA, M. Nutrição e adubação de alface, chicória e almeirão. In: FERREIRA, M. E.; CASTELLANE, P. D.; CRUZ, M. C. P. (Ed.). Nutrição e adubação de hortaliças. Piracicaba: POTAFOS, 1993. p. 141-148.
KERBAUY, G. B. Fisiologia Vegetal. 1. ed. Guanabara Koogan, 2004. 452 p.
KIEHL, E. J. Fertilizantes Orgânicos. Piracicaba: Editora Agronômica Ceres Ltda, 1985. 492 p.
KOPPEN, W.; GEIGER, R. Klimate der Erde. Gotha: Verlag Justus Perthes, 1928.
LANA, R. M. Q.; ZANÃO JUNIOR, L. A.; LUZ, J. M. Q.; SILVA, J. C. Produção da alface em função do uso de diferentes fontes de fósforo em solo de cerrado. Horticultura Brasileira, v. 22, n. 3, p. 525-528, 2004. DOI: 10.1590/S0102-05362004000300004.
LEKASIA, J. K.; TANNERB, C. S.; KIMANIA, K.; HARRIS, P. J. C. Quality of cattle fertilizer in district of Maragua, Quênia central: effect of administration practices and development of simple methods of evaluation. Kenya Institute of Agricultural Research, P.O. Box 57811, Nairobi, Kenya: Institute of Research of International Cattle, P.O. Box 30709, Nairobi, Kenya, HDRA, Ryton Organic Gardens, Coventry CV8 3LG, UNITED KINGDOM, 2002.
MALDONADE, I. R.; MATTOS, L. M.; MORETTI, C. L. Manual de boas práticas agrícolas na produção de alface. Brasília: Embrapa Hortaliças, 2014. 44 p.
SAMPAIO, E. V. B.; SALCEDO, I. H.; ARAÚJO, M. S. B.; MENEZES, R. S. C. Agricultura sustentável no semiárido brasileiro. Recife: Editora Universitária, 2009. 149 p.
SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. Globalização e meio-técnico científico-informacional. São Paulo: Hucitec, 1994.
SANTOS, R. F.; BORSOI, A.; TOMAZZONI, J. L.; VIANA, O. H. Aplicação de nitrogênio na cultura da alface. Revista Varia Scientia Agrárias, v. 2, n. 2, p. 69-77, 2012.
SANTOS, L. L.; SEABRA JUNIOR, S.; NUNES, M. C. M. Luminosidade, temperatura do ar e do solo em ambientes de cultivo protegido. Revista de Ciências AgroAmbientais, v. 8, n. 1, p. 83-93, 2015.
SOUSA, T. P. de; SOUZA NETO, E. P.; SILVEIRA, L. R. S.; SANTOS FILHO, E. F.; MARACAJÁ, P. B. Produção de alface (Lactuca sativa L.), em função de diferentes concentrações e tipos de biofertilizantes. Revista Verde de Agroecologia e Desenvolvimento Sustentável, v. 9, n. 4, p. 168-172, 2014.
SUINAGA, F. A.; BOITEUX, L. S.; CABRAL, C. S.; RODRIGUES, C. da S. Métodos de avaliação do florescimento precoce e identificação de fontes de tolerância ao calor em cultivares de alface do grupo varietal ‘crespa’. Brasília: Embrapa Hortaliças, 2013.
TRANI, P. E.; TIVELLI, S. W.; PURQUERIO, L. S. V.; FILHO, J. A. A. Hortaliças - Alface (Lactuca sativa L.). Campinas: Instituto Agronômico de Campinas, 2005.
VIDIGAL, S. M.; RIBEIRO, A. C.; CASALI, V. W. D.; FONTES, L. E. F. Resposta da alface (Lactuca sativa L.) ao efeito residual da adubação orgânica: I. Ensaio de campo. Revista Ceres, v. 42, n. 239, p. 80-88, 1995.
ZIECH et al. Cultivo de alface em diferentes manejos de cobertura do solo e fontes de adubação. Revista Brasileira de Engenharia Agrícola e Ambiental, v. 18, n. 9, p. 948-954, 2014. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1807-1929/agriambi.v18n09p948-954. Acesso em: 19 set. 2016.